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Se em algum momento do dia você tem o costume de acessar sites de notícias, ler jornais ou, ainda, assiste a algum telejornal, já deve ter ouvido falar de um jogo que está fazendo inúmeras vítimas mundo afora, chamado Baleia Azul (blue whale). Até o momento em que escrevo este artigo, dois casos suspeitos em Minas Gerais, um no Mato Grosso e um no Pará estariam sendo investigados sobre a morte de adolescentes possíveis vítimas deste jogo mortal. Isso só no Brasil. Pode ser que em algumas horas apareçam outras tantas vítimas.

 

O fato é que vivemos numa sociedade globalizada e que o acesso a qualquer fonte de conhecimento, informações e conteúdos em geral, se torna ainda mais fácil. Atualmente, além dos moldes convencionais, a maior parte da população se relaciona por meio das redes sociais, WhatsApp e outros grupos de bate papo que promovem esse contato virtual.

Tais fontes de relacionamento se tornam fortes influências sobre nossas vidas. Elas auxiliam no processo de formar opiniões, seguindo personalidades que admiramos, desvendando curiosidades. E esse jogo baleia azul, muito provavelmente foi uma invenção de uma organização criminosa com indivíduos mal-intencionados, perversos, com grande grau de manipulação. Eles criaram um jogo e tornando-o real na vida de quem se propõe a participar.

 

E porque o tal jogo "pega" especialmente os adolescentes? Porque a fase do final da infância e início da adolescência tende a ser de certa vulnerabilidade, devido às mudanças físicas, hormonais e psíquicas, de um indivíduo conquistando mais autonomia para suas escolhas comportamentais. Nessa fase os pré-adolescentes ficam mais suscetíveis a entrar no jogo por perderem mais facilmente o senso de realidade.

 

Podemos observar que nos jogos, tanto de vídeo game quanto qualquer outro que sugere desafios, a cada fase concluída, esses jovens tendem a se sentirem mais valorizados, com poder. O mesmo pode ocorrer nesse jogo mortal baleia azul, em que o jogador recebe algumas “missões”, diariamente, durante 50 dias, especificamente toda madrugada (4h20).

 

O jogo chegou com tudo ao Brasil e tudo indica que começou na Europa, onde tem tirado a vida de outros tantos adolescentes que usam frequentemente a internet. São mortes, greralente por asfixia, praticadas todos os dias por jovens entre 12 a 17, idade de maior vulnerabilidade.

 

Qualquer adolescente por curiosidade pode se sentir interessado em conhecer o jogo, porém os mais suscetíveis a participarem, tendem a ser os que estão vivenciando situações de conflitos ou dificuldades psicológicas para se sentirem contagiados a concluir as etapas do jogo, finalizados com o ato extremo de interromper a própria vida.

 

Cabe aos pais serem presentes na vida de seus filhos, acompanhando sua rotina, estabelecendo regras e limites como: determinação de tempo para passar na frente da televisão jogando vídeo game, acompanhando os filmes de interesse dos filhos, conteúdo pesquisado na internet, grupos de interesse nas redes sociais e, inclusive, proibir certos comportamentos como deixar os filhos passar as noites em claro, ou virar o dia na frente da televisão.

 

Os pais precisam se conscientizar do seu papel na educação dos filhos e prestar atenção a comportamentos que não são saudáveis entre eles: isolamento, tristeza por tempo prolongado, queixas frequentes de solidão, falta de atenção da família, conflitos nos relacionamentos. É fato, crianças e adolescentes felizes se socializam, gostam de verbalizar sobre as mudanças, conquistas, sonhos.

 

Acredita-se que esse jogo mortal Baleia Azul, que surgiu em Países Europeus se baseia em conteúdos que estimulam uma lavagem cerebral nos participantes. Penso que com as tarefas propostas como; cortar a pele produzindo o desenho de uma baleia, passar vinte quatro horas assistindo filmes de terror e ouvindo músicas psicodélicas não são tarefas que passam facilmente imperceptíveis aos pais; pois um adolescente que se machuca tende a sentir dor, tentando esconder ou tendo um maior cuidado nas regiões machucadas.

 

A privação do sono tende a deixar o adolescente em fase de confusão, facilitando a perda de noção da realidade. As tarefas propostas nesse jogo são formas mascaradas de torturas, auxiliando na destruição do ego, levando o indivíduo a romper com a realidade, sugerindo um estado psicótico e, assim, torna-se mais fácil induzir a pessoa ao suicídio.

 

Os pais precisam ter voz ativa com os filhos no processo de educação e se perceberem algo de errado e for necessário, tem que pedir ajuda profissional.

Baleia Azul: O Jogo Mortal

Desenvolvido por Vinícios Hyppolito Girotti  Matérias por Fernanda Moraes

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